Senhor,
Posto que o Capitão-mor desta Vossa frota, e assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a notícia do achamento desta Vossa terra nova:
E sexta-feira, 28 do dito mês, às 6 horas mais ou menos, houvemos vista a ilhas dos Trópicos de Cancro, segundo o dito de Nicolon Kidman, a pilota. A saber, primeiramente de uma grande formação térrea metalizada, mui alta e recortada, no desenho mais estranho de que temos memória; e de terra chã, onde os nativos circulam erroneamente ao qual corredor de luz o capitão pôs o nome de Caminho de Christ’of Her Colon e à terra A Terra de Colonoscutopia!
Ancoramos na praia de cimento e dali avistámos nativos que por ali andavam, uns setenta ou oitenta, segundo disseram os iates pequenos que chegaram primeiro. Então lançamos as motas-de-água e os scubas. E logo veio o Capitão-mor do Grande Cruzeiro “O Turbinado”. O Capitão mandou em terra a Nicolon Kidman para reconhecer o território. Quando a pilota Kidman pisa cimento, fode um salto, e já lá estavam mais ou menos quatrocentos nativos.
A feição deles é serem pardos, um tanto pálidos, de feios rostos. Andam cobertos de umas vestes estranhas e exóticas que lhes cobrem os refegos. São largos e pesados, andam sozinhos mas aos magotes. Não parecem comunicar entre eles, falam sozinhos com um objeto à orelha. De repente, uma das nativas afasta o objeto, rasga um grande sorriso enquanto estica o braço no ar e vira o pulso. Que coisa estranha esta! De repente encontra-se estática, e grita: SELFIE!
Desta feita dirige-se para o que parece ser um templo de paredes vermelhas. Sobre o templo paira um grande símbolo amarelo. Um grande M amarelo…
Expedição a Colonoscutopia, Março do ano da Graça de 2014